quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Os Templários dos dias de hoje


O tempo passa e felizmente a verdade sempre acaba prevalecendo. Foi exatamente o que aconteceu ao final desses 700 anos, dos quais 400 anos na clandestinidade, a que os Templários foram submetidos à vergonha e ao desprezo, graças a uma farsa arquitetada pelos interesses escusos da cobiça, inveja e mentira de um reino falido e endividado, justamente junto à Ordem do Templo. Foi um final feliz pelo qual todos esperavam pacientemente, pois sabíamos que mais cedo ou mais tarde, ele ocorreria. É bem verdade que os "Pergaminhos de Chinon", descobertos por Bárbara Frale em 2001, aceleraram os fatos.

Por que conseguimos a recuperação da honra e da dignidade? Porque os Templários nunca se curvaram diante da possibilidade da morte e da tortura, cujo maior exemplo foi dado pelo Grão-Mestre da época, Jacques DeMolay, supliciado e justiçado na fogueira dos hereges. Esse exemplo sempre foi o Norte de conduta que os orientou a preservarem a Ordem, mesmo após sua suspensão e desbaratamento de seu patrimônio. Parcialmente reabilitados em 1705 pelo Duque de Orléans, saindo das sombras e podendo se manifestar publicamente, porém ainda com todas as pechas de hereges, homossexuais, devassos e etc. A reabilitação moral, cívica e cristã, só viria com a evidência do "Processus Contra Templarius" e com a declaração pública de que tudo não passou de uma farsa partindo do mesmo órgão, a Igreja, que foi o que vimos em 25 de outubro de 2007.
Setecentos anos de passaram.

Os tempos são outros, o contexto é completamente diferente, os hábitos mudaram, houve um progresso descomunal em todos os campos da ciência, da política, da cultura e, sobretudo das comunicações; o combate corpo-a-corpo, o cavalo, a espada e o escudo hoje são só meros símbolos. Só o Manto Branco da pureza, o Escudo da verdade e a Cruz Vermelha da disposição ao martírio, tanto moral, como material, prevalecem para os Templários, símbolos esses que continuam sendo os pilares de sustentação da Ordem.

Com o passar dos tempos os inimigos também mudaram. Já não são mais os salteadores que afligem os peregrinos a caminho da Terra Santa, os infiéis querendo se apoderar de Jerusalém, nem os contrários à fé Católica. Hoje o cenário é outro. O teatro de operações se deslocou dos campos de batalha das planícies e das encostas para as cidades, para o campo sutil das idéias, das comunicações, da política e do poder econômico. Os grandes inimigos de hoje se chamam Injustiça Social, Capitalismo Selvagem, Fundamentalismo Religioso, Terrorismo, Intolerância Religiosa, Corrupção, Lascívia, Permissividade e Desrespeito ao Meio-Ambiente, insuflados pelos grandes e mesmos motivos de sempre: a cobiça e a ignorância.

Assim, os Templários dos dias de hoje devem se adaptar a essas novas circunstâncias substituindo o cavalo, a espada e a lança pela avaliação da estratégia a ser usada nesse novo combate, ou seja, usando a inteligência. Continuar usando o escudo da Verdade contra os ataques da mentira. E atacar usando como principais armas a convicção nos princípios e o exemplo da conduta. Exemplo de fato, não só de palavras e conselhos. Denunciando publicamente através dos meios de comunicação que tenham à disposição, principalmente a Internet, e procurando sensibilizar as Autoridades na medida de seu alcance. Afinal, não foi assim que obtivemos a recuperação de nossa honra e dignidade?

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